Idéias móveis

Vai lendo... vai lendo....
vai vendo... vai vendo....
e, se quiser, dizendo, acrescentando
que das idéias pululando, algo há de caber.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Prisma Romântico - Porto Mulher

E quem sabe, se no porto finalmente atracasse, me faria âncora, e deixaria de vez o mar a deriva


Se na cidade do Porto acordasse
entre a brisa do mar suave
e o frescor de um sol menos incandescente...
me encheria de alegria a visão do cais.

E os bolinhos e pastéis
de sabores sem igual.
E até mesmo o aroma de seus vinhos me agradaria,
Os mesmos que eu, hereticamente, não beberia.

Me encantaria com as pessoas, a cidade.
Que me passa a impressão de felicidade...

Mas nada mais me encantaria que a possibilidade de ve-la

A ela que me perturba e me exalta e altera.

Ela que me apertou e me abraçou
com tamanha intensidade em nossa despedida
que pela noite já findada me passou a sensação
de que a bendita noite não havia sido em vão

Naquela noite me senti mais vivo.
Mais que outrora houvera sido.

E apesar da tua falta sempre constante,
agora não me faço refém da saudade,
que já se tornou amiga.

Mas sim... adoraria estar com ela.

Se por entre tuas pernas acordasse
inebriado e emaranhado em teus cabelos,
sob o aroma de teu corpo,
ao som de tua leve respiração....

....haveria em meus lábios um certo sabor de vitória,
de complacência,
.......perfeição.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Contos Inacabados - O otimista cansado

Eu ia postar um comentário bacana..... mas eu to muito cansado

Era tarde da manhã de segunda.
"Maldita segunda feira!"
Naquele dia, mais cedo, mais uma vez ele acordou o sol e maldisse seu relógio biológico que insistia em despertá-lo.

"Estou tão cansado."

Cansaço profundo e enraizado, que nenhuma noite de sono parecia aliviar. Dormia horas e acordava cansado. E por vezes dormia pouco demais.

Seus braços pesados, suas pernas desobedientes, sua cabeça.... pesada, muito pesada e pensativa o mantinham deitado em seu leito de preguiça e inércia. Mas mesmo assim levantava.
"Puta merda! Imagina só quando eu estiver velho"

 Não queria sair, nem sorrir, nem beijar, nem sentir.... apenas queria dormir. E desejava profundamente voltar a sua cama enquanto tomava um banho mal tomado, na tentativa de despertar.
Observou sua toalha felpuda e macia num tom vibrante de verde. Queria se sentir menos cansado e aproveitar mais livremente as cores e os sabores que a vida tem.
Benditas cores, onde estavam as cores?
"Porra! Que maldito tom de cinza minha vida tem."

O que lhe trouxe de volta a consciência foi um café quente e forte, geralmente um bálsamo rejuvenescedor.
Hoje lhe descia rasgando, sufocando a sua garganta, sem sabor, apenas amargo.... mais açúcar.... e ainda amargo.
"Ah que merda!"

Bebeu mesmo assim, apreciando o gosto ruim, e indagando.
"A vida deve ter um sabor diferente desse café amargamente podre. Precisa ter!"

Acreditava nisso. Isso o fazia continuar.
E esperava na sua ilha de sanidade, náufrago num mundo de lamúrios que ele detestava.
Tinha esperança. E até mesmo a bela e verde esperança, esse sentimento "irracional e piegas" ele não gostava de ter. Gostava mesmo é de resultados rápidos, queria ver a vida melhorar de uma hora pra outra, como num passe de mágica. Queria acordar bem, se sentir bem, se sentir feliz.
"Que pensamento ridículo!"

Parou em frente a porta com a chave da moto na mão, pronto para sair, atrasado como sempre. Pensando cansado, se iria ou não trabalhar naquele dia. Depois de um breve apagão mental, decidiu sair. Suas pernas lhe obedeciam por enquanto, seus braços se moviam, sua acabeça acordava e parava de turbilhonar. E decidiu adiar o descanso por mais um dia.
"Hoje o trabalho venceu. Isso é um bom sinal.".........
........"Otimismo idiota"

Essa sucessão de pensamentos o surpreendeu, o fez olhar pra dentro si. Gemeu e resmungou algo inaudível.... e bateu a porta pensando se realmente gostava de alguma coisa em si mesmo.

Ouviu uma voz por trás da porta dizendo:
- Bom dia!
"Quem dera...!"

Mas lá no fundo... acreditava que seria. E foi-se, e quem estivesse observando pela fresta da porta do elevador poderia ver um tímido sorriso em sua face. Mas os seu olhos.... esses estavam cansados demais para sorrir.
Montou na moto e ligou. Saiu cantarolando um dos seus sambas favoritos sem preceber.
"Tristeeeeeeeeeza não tem fim, felicidade sim."

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Afrodescendência

"Os meus olhos coloridos me fazem refletir"

De Oxóssi,
porte como tal.

De Oxum,
brilho como tal

De Oxalá,
velho como tal

Do samba,
bambo como tal

Da capoeira,
jogo como tal

Liberdade,
desejo como tal

Igualdade,
exijo como tal.

Me vejo forte, me vejo sonho....
Me vejo preto como tal.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Crônicas do Alvorecer - A Tristeza da Monalisa

Todo sorriso esconde uma dor, toda tristeza tem o seu valor


Tristeza constante.
Nem sempre aparente,
mas sempre presente
No fundo dos olhos está.

Existe em mim uma tristeza constante.
Nem sempre aparente,
mas sempre presente.
Bem no fundo dos olhos.
Ela está lá.

Estou sempre triste.
Por algo ou alguém,
de alguma forma sempre triste
E por vezes, quando triste,
me sinto feliz também.

De forma que minha tristeza e felicidade nunca são completas, é sempre um espaço de interseção entre as duas sensações opostas pendendo mais para uma que para outra.

Gosto de músicas down.

Mergulho numa tristeza profunda e gostosa, uma melancolia abissal que me preenche.
Me transborda.
E basta deixar a correnteza fluir, que me sinto melhor mais a frente.
Mais leve.

Eu nem luto
me deixo ir
não tento não sentir.
Submergindo numa tristeza minha,
que não é só minha,
e não está sozinha,
pois a alegria está logo ali.

E nesse espaço tempo hedonista em que nasci
me sinto na contramão da humanidade.
Meus olhos tem um peso desnecessário,
e marcam de tristeza um semblante que sorri.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sofrego 2 - Povo Queimado

Se isso é uma foto, e não uma pintura, essa realidade é mais recente do que eu gostaria.

A vela o barco enleva,
e leva.... leva... leva...

a leva carrega a vela,
e vela,
vela pelos que se foram,
vela pelos que ficaram.

Pelos que morreram,
e sob o velo do choro se libertaram
e desatracaram.
E pelos vivos,
velados pelo sol fatigante
morreram em vida castigados

Levando vida de vela,
içados no mastro e açoitados
Levando vida de vela,
queimando a própria vida até morrer,
o povo queimado.

Levando a vida de muitos nas costas
até se tornarem enlevados.
Levados pela sede de vida.
Quilombolas, revoltados.

Livres na Áurea
os livres de alma.

Pesadelos do passado

Viva o povo queimado!

Qualquer um há de se espantar, com as fantásticas voltas que o mundo dá.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Surpresa ao lado

Se vc abrir vc pode não gostar, se não abrir não saberá

Encha-se, preencha-se com a vida e
deixe sempre um espaço reservado ao inesperado...

O deleite e o perigo moram ao lado.

E faça bom proveito!

sábado, 20 de novembro de 2010

Sofrego 1 - O Povo Seco

Vidas secas, almas esturricadas, barriga vazia, e ainda assim, inchada.

O NORDESTINO é antes de tudo, um forte!!!
 
Que já nasce driblando a morte,
e na vida conta com a sorte,
como parceira, amiga e consorte,
e trabalha na dura labuta diária,
até o seu leito de morte.

Nasce pequeno,
a vida é uma rinha
criado a umas gotas de leite
crescido no mingau de farinha.

A expressão cansada e séria
de gente regada a baldes de água
Bolsas família, Bolsa miséria.

Pro restante do país é um pária
O Nordestino, esse povo forte.
Pra eles Nordeste é outra pátria

de gente enrugada e velha
d'onde só se colhe a morte.

Dai-me paciência Senhor,
ou outra coisa que valha.
Fácilmente me canso dessa gente sulista preconceituosa otária!


Viva o Povo Seco.
E tenho dito!

domingo, 14 de novembro de 2010

Crônicas do Alvorecer - Vento (Vida ou morte de uma vela)

Água é vida. Fogo é vida. Sofrimento e alegria também, assim como a morte é vida. Tão ampla  essa vida... pode-se viver, mas não se define ou explica.

Vela de acender,
vela de içar,
vela de ascender,
vela de iluminar,
vela de aquecer,
vela de navegar.

Uma traz luz ao mundo,
outra leva pra qualquer lugar

Se o vento, ao acariciar,
faz uma vela se apagar,
surgindo a fumaça lamento.
N'outro lado mesmo vento,
passando revolto ou lento,
dá vida ao assobiar

Morta vela pelo sopro
marca a vista com "visagem".
Vela viva pelo vento
ganha vida, faz viagem.

Vela chama, teme o vento
vela pano, necessita.
Uma queima peito adentro
outra tremula aflita.

Quem tiver as duas velas,
dará a volta ao mundo.
Domará as correntezas,
possuirá fulgor profundo.

Fará das ondas caminho,
a despeito do perigo.
Vela acesa vista a frente.
Vela em riste na torrente.

No peito não haverá vazio,
o semblante jamais obscuro.

E não temerá mar bravio.
Nem temerá mar escuro.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Crônicas do Alvorecer - Esquadros, quadrados. E luz

Tento mirar adiante, o futuro distante, por uma janela que não é minha de um quarto que não é meu, numa casa que não é minha.

Esperada porta não se abriu...
fez-se de rogada...
d’onde está a bendita janela?
A que deveria mostrar estrada mais iluminada?

Escondida?
Vindoura?
Apagada?

Paciência nunca me foi característica viva
Mas não me resta alternativa...
Na cabeça turbilhonada e pensativa
Me ponho a esperar pela janela
que dará início a novo ponto de partida.

Fé em Deus, fé na estrada, fé na vida.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Crônicas do Alvorecer - Crisálida

A hora é chegada. Aperte o botão!

Um prazo, ultimato,
um mês até que se consume o fato
no ato, empaco
dúvidas de um fraco?

Cansaço,
espaço,
vazio.

Na boca nem um pio,
na pele o arrepio,
nas tripas, currupio.

No sono a fuga,
prepara o terreno pra dia mais ameno,
ledo engano,
é noite mais escura.

De suposto ventre,
de amor profuso e quente
brota apenas rancor a amargura.

Que se passa na cabeça de tal criatura?

Não me interessa, não tenho porque.
Tenho apenas pressa.
"Só quero saber do que pode dar certo,
não tenho tempo a perder"


Descalço na estrada, não temo nada, mas meus pés reclamam do chão. Não descaminho, sozinho. Meu caminho não é em vão

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Deriva

A vida em curso.... fora de controle, do jeito que deve ser.....ou não?

Remar pra que,
rimar pra que
se não se sabe nem pelo que viver.
não se sabe bem o por quê
que essas pessoas não sabem viver


Rimar pra que,
remar pra que,
se a correnteza pode levar ou trazer
algo melhor pra você

Muitos,
apenas para se satisfazer
desejos e ganâncias
desejando criança ser.
Outros no entanto
ajudam ao próximo,
mesmo sem motivo ter
olhando pra dentro e pra fora

crescendo de dentro pra fora

Rimas de quem?
remos pra que?
respostas? não temos.
Nem eu nem você...

Deixemos então o mestre tempo dizer.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ponte Aérea Rio-Bahia

Tal qual flecha, me lanço por entres os arcos, rodando e bambeando feito pião
Amanhece o dia depois da madrugada
depois da roda dançada e requebrada
Regada a samba, suor e batucada
Não pode faltar uma gelada

Acordei meio se saber de nada
em minha cabeça eu me perguntava
"donde" foi que se deu a batucada?
no pelourinho ou nos arcos da lapa?

Já nem me importo o que importa é que eu tava!


e o samba aqueceu a noite da mulherada
todo malandro saiu com uma nega pra casa

O samba da noite fez mágica engraçada
uma ponte aérea no meio da galhofada

e eu já não sabia aonde é que eu tava
sambando entre cariocas ou na baianada

- Por que?

No rio e na bahia tem mulata,
futebol e samba até de madrugada
roda de amigos e cerveja gelada
corre pra roda! chega negada!

Histórias demais pra uma só vida, vidas demais pra uma história só
 Homenagem a Família Miranda, especialmente seu Carlos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Expiração

A idéia ascende e acende por si só

Inspiração vem, ela simplesmente vem... ou nem vem.

PUFF!!! surge do nada, inata, revolucionária, intríseca irmã das idéias transformadoras. Sejam estupidamente boas ou fabulosamente absurdas.
Ondas cerebrais de pura criatividade. Diferente da criação, que por vezes é forçada e descontínua. A inspiração traz a idéia pronta, o conceito formado, no máximo podemos moldá-lo, mas não mudá-lo.

É até pecado deturpar uma inspiração.

Ispiração é foda! mexe com a gente, ou vem daquilo que mexe, pra ser mais preciso. E ainda assim serei impreciso. Não adianta querer explicar..... mas minha inspiração me estimula a tentar.

Um verso lido, uma foto, uma música, uma memória, uma notícia na televisão e BUM! Você é atingido por uma imagem, um texto, uma sensação que te puxa da cama, impede o sono, inquieta, invade a calmaria do descanso, o momento de reflexão... um papel, um computador pelo amor de Deus ou esqueço! Perco, passou....

A escrita, pintura e escultura.... chame de expiração.
Complemento para a inspiração.
Pedaço da respiração,
subjetiva, etérea, incomparável personificação da vida.

Inspire-se, expire a si, respire a tudo, inspire, aspire, pire, viva.

Só me pergunto se ele concordaria

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Alheio

Outworld, fora de órbita, off, desligado e desleixado

Das dores, pudores, cores
tremores, temores e escritores
ardores,  amores e pintores
estertores, desamores e atores

Me sinto meio estranho hoje....ores

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Crônicas do Alvorecer - Espera

Siiiiim! É permitido exagerar.

 A vida parada...

aguardo em animação suspensa o toque do telefone.
Por notícia tão aguardada que abrirá portas e portais.
Janelas em vitral expondo mais que a simples luz do dia a dia,
Mais que a rotina já armada.

Planos em coma aguardando para despertar,
precisam apenas de um sinal, um aval,
um convite, um acerto, um percentual.

Não me percebes aflito?
Toca, telefone maldito!

Nada...

O mundo gira,
o tempo passa,
continuo em movimento....
E a vida parada.

Um segundo pro salto, um mergulho pro alto.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Crônicas do Alvorecer - Anseio

Se soubesses o que não sei... me dirias?

Ânsia.......

De saber, ter, e até querer mais.

De conhecer, reconhecer, poder, usufruir, viajar.

De me desafiar, aprender, ser, correr, voar.

De vender, comprar, ajudar, superar.

Sim! Quero.... preciso saber!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Crônicas do Alvorecer - Origins


Do que se trata: na verdade podem nem ser crônicas. Acredito que 90% não serão. Estarão misturados textos, frases soltas, idéias e poemas. O nome me pareceu interessante. Diferentemente dos "origins" e "begins" cinematográficos esse vem ANTES de todos explicar como tudo começa.

O importante é que se trata sobre mim e o que me afeta. Sobre minha vida, impressões e experiências. Espaço vomitado e desenhado por mim e para mim.... mas vou deixar você ler.
De nada.

Como todo bom leonino, sou egocêntrico e minha vida gira em torno de mim mesmo e daqueles a quem tenho apreço.
Me permito órbitas elípticas, me aproximando de outros planetas, mas sua gravidade geralmente não me desvia. Geralmente.
Posso ser literal, posso mentir e posso falar extamente o contrário, mas serei eu. Não preciso ser agradável... mas posso ser isso também.

"E ainda assim,
exposto,
me mostro,
livro aberto.
Sm capa, carapaça, nem armadura"

Do célebre ao inútil, você encontra neste espaço fútil.
                                                         
                                                  Bem vindo ao meu mundo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eufemismo é...

De quem foi a idéia de colocar um nome desse numa vaselina?

Eufemismo: Figura que consiste na substituição de um termo ou expressão rude, chocante ou inconveniente por outro mais suave ou agradável.

Traduzindo: é quando você diz uma coisa sem dizer aquela coisa

Exemplos:
1 - O deputado fez uma má administração da verba pública - Leia-se "Roubou"
2 - Querida, essa calça não caiu bem em você - Leia-se "Você está gorda"
3 - Estou muito chateada com você - Leia-se "Sem sexo por uma semana"

Ok, apertem os cintos.
O eufemismo é amplamente utilizado para suavizar situações complexas, constrangedoras e difíceis. É a vaselina oral. Torna mais fácil de falar para o interlocutor e mais fácil o recebimento da mensagem pelo ouvinte. Embora muitos não se deixem enganar...
Exemplo do que as pessoas pensam ao falarem ou ouvirem determinadas expressões
"Férias coletivas" (demissão),
"Achamos alguém com um perfil melhor"(vai se capacitar),
"Por favor venha até a minha sala, precisamos ter uma conversa"(Me fudi!) A pessoa fala, vc ouve e sai de lá com cara de que foi arremessado na frente de um trem.

Eufemismo nem sempre funciona

Uma das melhores formas de perceber a importância desta figura de linguagem é no relacionamento a dois. AAAAAAAhhahahahahahahah aqui é possível observar o contrário, como  a falta de eufemismos pode acabar com uma pessoa. O homem no caso. Por que? Homem não sabe usar eufemismo, a gente chama nosso melhor amigo de viado e filho da puta! por aí você já tira.... E do lado de lá a mulherada consegue piorar tudo que a gente diz! Isso é pano pra mais de metro de conversa!
Quer ver?
- Amor vamos entrar na academia? "Vc tá me achando gorda?"
- Gosto mais do outro vestido. "PQ? Esse me deixa gorda?"
- Vamos almoçar na casa da mamãe nesse fds?  "Não gosta da minha comida não, é? mudando de assunto.... Eu to gorda?"

e mais uma infinidade de coisas que nem sequer pensamos dizer são utilizadas por elas como argumentos para irem no salão, fazerem lipo, comprar uma roupa nova e otras cositas más. Cuidado com o que diz meu rapaz!

De outro lado você também pode observar como a mulherada sabe usar muuuito bem esta figura.
Que cabelo maravilhoso - "Baranga"
A-R-R-A-S-O-U - "Baranga escandalosa"
Que corpão que vc tá hein! - "Baranga gorda"

Falsidade??!! Nãaaaao Imagiiiina hauhauhauahuahuahuahau não me batam meninas, brincadeirinha... ou não.

Enfim me pergunto:
PRA QUÊ USAR ESSA PORCARIA DE LINGUAGEM???
É realmente interessante o motivo de necessitarmos dela: Simplesmente precisamos ouvir coisas bonitas o tempo todo para que não fiquemos chateados, e nem causemos uma má impresão. Não aguentamos críticas diretas, não sabemos ouvir, não queremos nos indispor.
E o mais importante: A verdade dói e ofende.

Sou adepto a assertividade:
"O comportamento assertivo é ativo, direto e honesto, transmitindo uma impressão de auto-respeito e respeito pelos outros. Favorecendo a comunicação de mão dupla"

Fala-se o necessário sem ser agressivo ou pejorativo. Posso chamar alguém de preto, gordo, pobre sem ofender. É importante também observar se o receptor da mensagem não é complexado, pois então nem assertividade nem eufemismos funcionarão


ahh gente fala sério!...
Melhor idade, acima do peso, desfavorecido economicamente, país em desenvolvimento, ect etc etc tudo isso é encheção de linguiça, enrolação, cantiga de ninar pra bos taurus do sexo masculino.

Sem vaselina agora:
Na moral... Eufemismo de cú é rola! (nada eufêmico hein!)

E tenho dito!
Alguém mais lembrou da propaganda do Halls e pensou "UI!"?

sábado, 9 de outubro de 2010

Indesprodutividade

Conurbação idealítica

NÃO CONSIGO ESCREVER

Pronto, falei!

Dias e dias sem nenhum poema, nenhuma inspiração para escrever sequer sobre as idéias que já tenho.

Desenvolver um texto sobre o que se pensa exige tempo, inspiração, e por vezes uma rápida pesquisa no google ou em algum livro.

Meu último poema foi um frankenstein de múltiplas partes soltas coladas em desordem com algum esforço ilógico.

Não deveria ser assim.

Ando assim, expirado, desfocado e razoavelmente frustrado. Emocionalmente equilibrado, mas isso está sugando demais da minha capacidade cognitiva, sou muito passional, intenso.

Só estou aqui para escrever sobre a minha incapacidade de escrever, que é a única coisa palpável neste momento, escrevível, entendível e possível de falar nesta hora.

E putz, não tenho nenhuma obrigação de produzir textos semanais (embora gostaria), mas fica a sensação de que já que vc fez um blog - Escreve, porra!

Ah, vai te catar cobrança interior! to sem paciência até pra vc essas semanas!

E tenho dito!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Navegante

Já vi barco grande afundar....

Nos mares dessa vida
a quem possui espírito livre e mente aberta
é possível fazer grandes descobertas.

Dos mais bravios descobridores
geralmente o prêmio à espera
é a felicidade findando o calvário.
Tranquila e mansa,
qual marola do estuário

Flerto com o mar da vida
e nesse flerte me enamoro.
Me apaixono, amo e me amo.
E amo cada vez mais o mar

Seus cardumes, suas correntes,
ventos alísios me alisam ao passar.
Minha alma, meus triunfos
me fazem radiante!
Vela em riste a enfrentar
ondas de marés, cheia e vazante.

Nestas sempre haverá,
a quem souber procurar
presente trazido da deusa sereia
entregue nas ondas do mar

Das correntes, dos continentes
e das tempestades sem explicação.
Em popas e proas, mastros e velas
sopram ventos sul e norte.
Seriam ventos de sorte?
Qual sorte? Vida? Morte?

Ventos com ou sem direção?

A direção pouco importa.

Quem mantém claros idéias e ideais
nem mesmo pelas repentinas mudanças do mar se trai.
Seja de popa ou de proa o vento que sopra,
sabe-se que pra frente é que se vai

E não é raro na viagem
haver nau a naufragar.
É que diante de tanto deslumbre
se perdem muito marujos,
distraídos com a vista no ar.
De um marinheiro velho
ouvi mais velho truque:
"Nunca tire os olhos do mar"

Nesse barco, vela em riste
vou navegar o mundo inteiro.
De minha história tiro a tinta
meu coração se faz tinteiro.

Que dos mares dessa vida
sou intrépido navegante
Não. Não serei prisioneiro

...enquanto jangada ia e voltava do mar.

domingo, 19 de setembro de 2010

Nasce o dia


O sol na palma da mão, na cabeça e no coração

Estava lá o Sol brilhando e se divertindo
Seguindo crescente em seu caminho
e ainda assim lhe faltava um pouco de graça

Enquanto que o céu em toda sua imensidão
Profunda e silenciosa
Andava imerso em sua própria noite nublada
Por vezes em nuvens de trovoada

E embora estivessem bem assim,
um vazio palpável em seu peito se formava
da ausência de algo que nem sabiam
que a mãe bendita vida lhes guardava

E pra terminar com a calmaria,
Com o preto e branco daqueles dias
Algo lindo aconteceu!

Um raio do sol reluziu em um canto distante do céu
e este se encantou pelo brilho do sol,
que por sua vez se encantou com a imensidão do céu,
que se apaixonou pelo calor do sol,
que pensou em pertencer ao céu

E então selou-se um trato,
que a tanto tempo se faz ver
Da junção do céu com o sol,
Vista a cada amanhecer

E hoje é tempo de tamanha, tanta alegria
digna de se brindar!
Uma vez que o céu sem sol é noite
E o que seria do sol sem ter céu pra brilhar!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Plebe Rude

Cai o rei de Espadas, Cai o rei de Ouros, Cai o rei de Paus...



Esses dias me deparei com uma camisa escrita "I'm the king of myself"

E nesse momento de autoafirmação que a sociedade vive eu me perguntei: será mesmo? O que seria "ser rei de si próprio"?
Muito responderiam que é ter total controle sobre o que acontece na sua vida, fazer o que quer, quando quer, como quer.....

Eu penso que está muito além desse desejo infantil de dominar e ter as coisas. Vc realmente é capaz de se dominar? de bloquear sentimentos e pensamentos inferiores? capaz de conter seus impulsos primitivos?
Vejo o rei como uma figura sábia, e não como uma criança cheia de vontades. 
Olhando as pessoas a minha volta, creio que estamos longe de sermos reis, ou até mesmo nobres.

Não sejamos superficiais, o resto da humanidade já é!
Profundidade é a palavra de ordem:
Seja no amor, na amizade, no pensar, no falar e no agir.

Seja realmente Rei de si. Pense fundo, respire fundo, seja fundo. 





...Cai, não fica nada.
 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pilotem suas próprias cabeças


Colocando as idéias em ordem, se tem a cabeça no lugar...

Decisão – Escolha feita diante de duas ou mais opções. Geralmente a escolha de uma exclui as outras. As nossas decisões tendem a nos guiar pela vida, através delas traçamos o nosso caminho

Visto isso, vamos desenvolver:
Vc estudou? 1º, 2º graus... foi pra faculdade? Se formou? Fez outra? Fez pós? Tá trabalhando? Com o que gosta? Mora onde gostaria?
A questão é: vc realmente está fazendo escolhas ou se virando com o que a vida oferece?

Quantas decisões vc tomou na vida?
Muitas, qualquer um responderia. Mas estou falando de decisões originalmente suas!

Passamos o início da vida fazendo o que os nossos pais mandam, vamos a escola, fazemos o dever de casa, fazemos provas, etc, rezando pro fim de semana chegar.

Chegando na adolescência, continuamos fazendo a mesma coisa, com um pouco mais de rebeldia. Não por saber o que queremos fazer, apenas não queremos fazer o que nos mandam. (tem gente que só passa dessa fase nos 30).

Nessa fase começamos a beber pq é legal, pq todo mundo bebe, pq é chato ser o único que não bebe. Isso quando cigarro não está junto, ou qualquer balaco ilegal ou proibido. Comportamento de massa, de rebanho. Apesar de sermos seres grupais, temos consciência individual.

E depois, decidir que faculdade seguir:
Como, aos 18 anos, eu sou obrigado a decidir o que vou fazer pro resto da vida! Esse povo é louco! Hoje em dia quem tem alguma coisa na cabeça aos 18?
Solução. Muitos pais escolhem as faculdades dos filhos, alguns com ameaças: “ou faz direito ou eu não pago”. “se quiser um carro terá que fazer medicina ”. e por aí vai....

Mas peraí, isso é a minha realidade! Tem gente que não pode fazer faculdade, tem logo que trabalhar, isso se conseguir terminar o 2º grau. Voltando ao raciocínio: Muitas vezes nos tiram a opção de decidir

Depois disso, mercado de trabalho.... ou não, afinal existe a cultura de que estudar é pra sempre. Errado? Certo? vai saber.... decida você. Mas então, nessa fase muitas pessoas descobrem que gostam de outra coisa e fazem outra faculdade, ou entram numa pós, curso de mestrado, qualquer coisa do gênero.
No meu caso, Estudante de Iniciação Científica por 4 anos, mestrado era o caminho natural. Aháaaaaaaa, Viram!!!???
não era uma escolha, era o caminho natural. Acabei trabalhando com Vendas de produtos veterinários. Hoje finalmente estou escolhendo o que eu faço,  adoooro o que eu faço. (Apesar de veterinário, descobri que gosto de gente, lido com esse bicho todo dia, e muito.)

“Deixa a vida me levar,
vida leva eu...”

“o acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído...”

Vão pro raio que o parta, o Zeca pagodinho e os Titãs. Deus protege bebum, maluco e menino. Qualquer ser fora desses grupos tem mais é que andar ligado e levar a própria vida. Se bem que o Zeca fala isso pq se encaixa no perfil do primeiro grupo... tá explicado.

“é preciso estar atento e forte
não temos tempo de temer a morte...” prefiro a Gal

Temos tantas idéias plantadas, tantas necessidades alheias... o que é realmente seu?
O jeito de vestir? O que gosta de comer? O hábito de ler? de beber?..... vai saber... quem sabe tudo isso não foi plantado em algum momento da sua infância, ou adolescência , ou depois. Pelo menos uma coisa sei de fato: Eu aaaamo geléia de mocotó! Ponto!

Perceba bem: A maior parte das grandes decisões da sua vida foram tomadas de você. Você não fez originalmente essas escolhas! (perdão às exceções, me refiro à maioria)

Não continue em um trabalho ruim, relacionamento ruim, faculdade ruim, numa vida ruim. E pode ser que não seja ruim, mas muitas vezes não é o que você quer! Você pode ter mais.

Então meu(minha) caro(a), pare de seguir o fluxo, talvez seja hora de sair da tendência e seguir na contramão. Rumo a uma vida que seja sua de verdade, e que se danem, os preceitos e preconceitos da chamada sociedade.

Nesse cardume de peixe a nadar
Deságuo no rio, pois minha piracema é no mar.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Desostra / Muda

Somos todos crianças vivendo em carapaças

E a busca pela razão
perpassa pela tortura
De remoer a própria razão em si
Transformando explosão em candura

E ainda assim,
exposto,
me mostro.
Livro aberto
Sem capa, carapaça nem armadura.

domingo, 5 de setembro de 2010

Adeus ao velho (distante)

História conhecida, rosto desconhecido
Adeus meu velho...
Sentado na soleira,
com seu olhar distante,
a vida passou por você
Com seu jeito bruto e endurecido,
você foi vencido.
Não conseguiu afastar aqueles que te amam
e que até os últimos minutos te velaram,
te cuidaram
Quem não se lembra do caso das melancias,
o da galinha, ahhh e que cuidado com essas galinhas.
Quem quisesse que mexesse numa pena sequer sem perguntar!
aiai... ah, não vamos esquecer dos porcos, dos cães...
e tantas outras histórias que só um livro pra contar.
Ié, Ié... já se foi Seu Ié?
Sua jangada atravessou o mar,
não vai ter mais roda, nem festa,
nem canto, nem reza
sem seu Ié mandar.
Feito João Galafuz
Morando depois do mar
Deixou pra trás a cruz
da saudade pra quem ficar
Que voe,
e que tenha paz onde se encontrar
E que olhe pelos teus filhos
E pelos filhos desses
Também há de olhar
Sertanejo, homem de porte
Na memória há de ficar
E no coração daqueles...
Que mesmo sob sua brabeza forte
Souberam, quiseram e aprenderam a lhe amar

Panorâmica

Não se gabe, não se engane
E eu, que já fui meu,
sou do mundo então,
saí de mim
não que não goste do que sou
mas sei ser melhor assim.



Já sou mais que eu
mas ainda menos que mim

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Amanhe ser

Se amanse, amanheça. Um olho aberto e outro também, é preciso olhar pra dentro e pra fora

Em extrovertida introspecção me perdia
o tempo a escarnecer das veias esvaía
e o sangue poluído jorrava na inconsciente agonia
de ver perdidos meses semanas e dias

Das trevas veio a luz
para iluminar a hedionda calmaria
do sofrimento, da cruz
se fez valer a sangria

e o aprendiz hoje se conduz
com profunda e ignorante sabedoria

Então aprendiz, que queres ser?
Que tal professor?
que tal mestre?
que tal mentor?

E assim ele diz:
que quer aprender todas as coisas do mundo.
Nem mestre, nem aluno,
quer ser eterno aprendiz.

Descartou a vaidade,
despiu-se da animosidade
quase toda, quase tudo,
remodelou a sua imagem

Se projetou,
se viu maior,
e pela primeira vez viu redonda
a forma óbvia da sua realidade.
Ouviu anônimos pensadores,
redescobriu grandes verdades

Tal qual larva em casulo, pupa
livrou-se do que o prendia
Abandonou falsos valores,
pudores, temores
fez nascer em si o dia.

E hoje seu olhar sorri,
refestela, regozija
colhendo louros de tempos vindouros

Seu calmo tesouro
Sua itensa energia
Seu pensamento absorto
em eterna euforia
Amanheceu sutil
Cresceu em alegria

E tanto conto, verso e poesia
é só o prelúdio:
Sequer findou o raiar do dia.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Caminhando para a morte incerta


Sei bem o que esperar da morte, ela que me espere!

Certeza de que?


A morte:
Uma das poucas certezas da vida.
Há quem diga que é a única.
nem sei.... pensa bem: vc sabe quando vai morrer? onde? como?
Paradoxo danado! Pra uma certeza tem três perguntas sem resposta
Quer dúvida maior?


O futuro é incerto? sei não.....
Posso dizer muitas coisas sobre meu futuro.
E sem precisar me esforçar muito
Não é tão misterioso assim.


Mas é realmente complicado ter certeza das coisas
"...tudo muda o tempo todo no mundo..."
e nessa "onda" vão idéias, conceitos e pessoas
Então confiar em que? Se apoiar em que? será que é culpa minha querer ter chão pra pisar?
Eu até gosto de voar, mas com plano de vôo e pista livre


E pra contrariar existem aquelas máximas, como um conceito inalterado com o passar do tempo, que te fazem pensar: nisso posso acreditar.
Ledo engano, puta desengano!
Amanhã muda, nem é mais


Infelizmente não há como se prevenir de levar uma rasteira.
Ou várias!!!...
a não ser que você não dê valor a nada e se desapegue de tudo
Tá difícil, não conheço nenhum monge budista


Então.... confiar em que?
Em si? Somente em si?
Você confia? Quem garante que você mesmo não vai mudar? Se contradizer? Se prejudicar?
Além do mais, triste daquele que vive sozinho.... pra si


Afffff!!!!! Cada sentença tem um contrapeso, uma resposta contrária que necessariamente não anula a questão e portando fica a DÚVIDA.


CANSEI!!!!


Quer saber?
Confie, acredite na morte na morte, porque ela sim é certa.
Mas aonde? Como? Quando?


Iiiiiiiiiihhhhhh que SACO.....!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Apresentação

Não por acaso, o pensamento inchado necessita de vazão

Às vezes a cabeça incha!

Não me preocupo em ser correto, nem esperto, nem métrico nem tântrico.
Apenas vomito aqui tudo que me aflige, de forma positiva ou não.
Vai lendo... vai lendo....
vai vendo... vai vendo....
e se quiser, dizendo, acrescentando
que das idéias pululando, algo há de caber.

Irmão (dedicada a Felipeta matafacka)

Duas cabeças, um mundo
















Meu querido amigo
Me permita uma errata
A sua antepenúltima publicação

Errata errada
pois não vem corrigir nada
apenas acrescentar as pobres palavras
daquela interlocução

Visto que amizade,
se traduzida em poucas palavras
é muita humildade
se comparada às coisas fantásticas
que acontecem em mente e coração

Tal como obra inacabada todo dia se ergue novo alicerce nesta relação
E que não haja pedra
nem polida nem lascada
para ser atirada com a força orgulhosa da mão
Diante de tanta rima e tanta prosa ainda assim não se extrai a essência dessa relação.

Amigo, é muito mais que isso

É malungo, é matafacka, é apelido, é compreensão, é cúmplice e parceiro.
E se entendo o gesto e o olhar não vá se surpreender
caso eu saiba exatamente o que se passa dentro de você

É pai sem cobrança,
é mãe sem cordão,
é irmão na esperança em olhar pra vida, rezando para que o furacão das responsabilidades não nos engula,
não nos deixe ranzinzas.

Dois autos!!!

É não ter laço de sangue,
Mas de alma
que quando se encontra,
se alegra, se acalma,
se farta e se entala,
olhando para o outro,
se olhando num espelho retorcido
Quem sou eu? eu ou amigo?

E porque haveria eu
de temer essa interessante fusão?
Se das diferenças surgem possibilidades
de acrescentar na tua essência,
a experiência de outro irmão.

Irmão?
Sim, sim... é irmão!