Idéias móveis

Vai lendo... vai lendo....
vai vendo... vai vendo....
e, se quiser, dizendo, acrescentando
que das idéias pululando, algo há de caber.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Plebe Rude

Cai o rei de Espadas, Cai o rei de Ouros, Cai o rei de Paus...



Esses dias me deparei com uma camisa escrita "I'm the king of myself"

E nesse momento de autoafirmação que a sociedade vive eu me perguntei: será mesmo? O que seria "ser rei de si próprio"?
Muito responderiam que é ter total controle sobre o que acontece na sua vida, fazer o que quer, quando quer, como quer.....

Eu penso que está muito além desse desejo infantil de dominar e ter as coisas. Vc realmente é capaz de se dominar? de bloquear sentimentos e pensamentos inferiores? capaz de conter seus impulsos primitivos?
Vejo o rei como uma figura sábia, e não como uma criança cheia de vontades. 
Olhando as pessoas a minha volta, creio que estamos longe de sermos reis, ou até mesmo nobres.

Não sejamos superficiais, o resto da humanidade já é!
Profundidade é a palavra de ordem:
Seja no amor, na amizade, no pensar, no falar e no agir.

Seja realmente Rei de si. Pense fundo, respire fundo, seja fundo. 





...Cai, não fica nada.
 

26 comentários:

  1. Voltemos ao controle, ou ao descontrole pra ser mais precisos...

    Segundo o NatGeo uma pessoa adulta passou em média 9hs de sua vida procurando o controle remoto
    Mas acho que além do volume nem da minha tv eu tenho controle.
    Se eu tivesse não passaria o que passa e ela teria ainda mais controle sobre mim
    kkkkkkkk
    sugestão de cinema: Instinto

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  2. e então, Ivan,

    qual a solução? deixar que as coisas assumam o controle sobre vc? ou viver sem se preocupar com isso... que no final é a mesma coisa?

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  3. Se eu desse uma solução então creio que pelo menos algum dia algum grupo poderia seguir a MINHA corrente, mas a solução é individual.
    Para a minha vida não há, na verdade pensei que eu pudesse escolher a cidade em que morar, o emprego que queria ter, a namorada e o cão com quem viver, mas não posso escolher nada disso, não posso escolher ser gay ou hetero, não posso escolher preservar as matas ciliares nem ver mais gentileza nas pessoas a minha volta... talvez minha solução seja a de todos, fazer o que é preciso ser feito esperando um dia se livrar de algumas algemas e assim fazer a sua vida como queira, mesmo sabendo que esse dia nunca vai chegar, pois antes chegaram casamento, filhos e mais algemas...
    algemas que podem te deixar feliz e por isso realmente não me incomodarei com elas, viva então feliz sem saber que é ilusão a esperança que um dia vai controlar alguma coisa, ou se afaste de todos e vá viver no mato que passa em minha cabeça fazer em breve, mas talvez não será tão breve eu já vá depender de remédios para me manter sóbrio e sem tremer e de uma aposentadoria depreciativa....

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  4. acho que a pessoa mais "king of myself" que já conheci até hoje foi Thayna!

    e saia de perto que ali o rugido é alto!

    o que voce quer propor com esse texto é que tenhamos mais autodomínio ou que tenhamos mais autoconsciencia?

    o que entendi sobre o que Ivan escreveu é que não temos domínio sobre nossas vidas porque estamos meio que "à deriva no alto mar da vida".

    Mas acho que ter um pouquinho de autoconsciência disso nos torna mais confiantes no que fazer quando a maré estiver pra peixe ou pra tubarão.

    ou então nao entendi foi porra nenhuma...

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  5. Felipeta, de minha parte vc entendeu tudo. da parte de Ivan vc entendeu o mesmo que eu.... se entendemos certo não sei, pois as vezes nem Ivan se entende, mas....

    depois de muito pensar cheguei a uma conclusão:


    EU ESTOU CERTO!





















    e ele também!

    Autodomínio e autoconsciência, uma coisa sem a outra é difícil.

    devemos e podemos tentar nos manter atentos para nossas escolhas forçadas, para nossas atitudes mundanas e pequenas, para que sejamos "reis de si".

    Mas também não podemos impedir totalmente as nossas idéias e atitudes, nossas coisas como TVs, livros, blogs, trabalho e mais, nos dominem, nos guiem e façam o nosso caminho. Acredito que às vezes é preciso dançar conforme a música, mas também chegará um momento em que será essencial tocar uma música própria.

    tentemos então sermos um pouco mais conscientes nós mesmos (sem autoafirmação e egoísmo) e um pouco menos as decisões alheias.

    Vc utilizou o exemplo de Thayna perfeitamente. Thay é uma grande "Queen of herself".

    Aprendi um pouco com ela, com vc e com outros, mergulhei por vezes em ondas alheias pra poder fazer uma própria, aprendendo oq eu via de melhor em cada um.

    E tenho dito. Abração

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  6. O Entendimento não é tão necessário, mas sim a discussão.

    Algumas coisas foram mal escritas por mim e por isso difíceis de compreender, mas dane-se.

    Acredito que autoconsciência seja totalmente ligada ao autodomínio, e me faltam ambos.

    Acredito na teoria de que as pessoas não se conhecem direito e só conhecem seus egos e não ao seu verdadeiro "eu". Me incluo nesta maioria.

    Desde de criança aprendemos a repetir o que agrada aos outros, o que os fazem rir e seguimos fazendo isso, sendo felizes quando pessoas que consideramos importantes (família, amigos, ídolos, sexo oposto, contatos profissionais importantes, pessoas admiradas em geral) aplaudem nossos atos, quando a mamãe ria e mostrava pra todo mundo e pedia pra você repetir algo fofo ou engraçado, assim como quando tirávamos boas notas ou éramos malvado despertando admiração dos amiguinhos.

    Isso tudo é ego, e vivemos para isso (a grande maioria de nós)

    Mas de vez em quando, raramente nos deparamos com situações que nos fazem extremamente felizes e não entendemos...

    lembro de quando parei o carro na estrada para ver uma vaca lamber seu bezerro diante do pôr-do-sol enquanto tocava Tempo Rei de Gil em meu som e chorei...

    É bem mais fácil ser feliz massageando nosso ego, recebendo elogios em blogs, no emprego, em casa ou da pessoa amada...
    Mas ser feliz genuínamente por ser... não é tão fácil

    E diante disso seguimos agradando a quem consideramos importantes fazendo a maquina sociedade andar de forma que todos se encaixem mais facilmente e tenhamos uma suposta ordem.

    Grandes empresas, corporações, governos, safras e epidemias mundiais interferem em nossas escolhas e por isso não decidimos quase nada.
    Eles decidem se vou pôr alcool ou gasolina em meu carro, se vou poder conhecer o Chile esse ano, eles estabelecem preços, regras que acabam motivando-nos ou não.
    Você pode escolher reclamar e se conseguir convencer muita gente pode até mudar pequeníssimas coisas...
    mas muitas vezes não sabemos ao certo nem o que queremos mudar, ou a vaidade e o ego satisfeito por ter movimentando outras pessoas toma o lugar da idéia inicial.
    Que digam nossos políticos hein...


    Acho que eu deveria transportar isso pro meu blog.
    Desculpem-me o prolongamento
    e finalizando de forma prepotente como sempre

    Por Nada

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  7. Agradecido, meu querido!

    Seus pensamentos estão me fazendo ver partes minhas esquecidas ou desconhecidas.

    Discordo em alguns pontos, acredito piamente em outros.

    O que vc chamou de felicidade (pelo reconhecimento e coisas alheias) eu chamo de satisfação. Felicidade é algo meio pessoal e intransferível, mas é impossível não ver que vc tb está bem certo.

    Como a sua amizade, reconhecimento e felicidade ajudam a me fazer feliz!

    Algumas cosas como dinheiro, políticas e preço do álcool podem INFLUENCIAR sua decisão mas de certo não são elas que as tomam. Conheço pessoas que não importa o preço, colocam sempre gasolina. Vc pode decidir que vai para o chile o preço estando bom ou não, pq é um sonho. Vc pode escolher mudar de vida, pq precisa daquilo no momento ou por ser o que realmente quer.

    Algumas algemas nos deixam felizes, outras no tornam sofridos prisioneiros.... espero que saibamos escolher então. Eu, vc e quem mais ler.

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  8. filosofias contraditórias complementares

    Nada nada original mas ainda sim delicioso!

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  9. Pedindo permissão para continuar, e continuando mesmo sem saber se tenho permissão percebo o quanto sou chato.

    Na verdade relendo o post percebi que fuji totalmente do tema e venho discutindo algo do post anterior...

    Então, enfim comentando este, Lembrei-me de Bill, o inglês "The English Bill" conhecido matador do oeste americano citado por Clint Eastwood em seu filme "OS Imperdoáveis".

    Bill que é grande admirador de monarquias (legítimo Inglês) fala o quão imponente é a figura de um rei ou rainha, que as pessoas não teriam coragem de atirar em tais figuras, já em um presidente! bah! qualquer um o faria, como realmente o fizeram nos EUA.

    Rei realmente é nobre, é contido e respeitoso, digno de admiração e reverência... Mas não manda em nada!!!

    Talvez possamos ser Reis sim, ter todo domínio sem nenhum controle nem poder. rsrsrs
    Mas creio que não te agrade essa idéia, muito menos a mim, não quero conter meus impulsos primitivos!
    prefiro vivê-los intensamente, não como uma criança mimada, mas como um touro enraivecido na arena ou um cavalo livre no campo ou ainda um cachorro na praia pela primeira vez...

    Aproveitemos os momentos de liberdade da vida e os consigamos através de admiração, respeito, trabalho e amor.

    Continuando tendo idéias opostas às suas Rodrigo,mas as admirando cada vez mais... Acho que isso é o melhor da diplomacia entre reinados, ministérios, repúblicas e funtamentalismos (meus favoritos), isso é delicioso...

    Espero que não se canse de tentar melhorar a si e ao mundo, por mais que EU esteja cansado e de EU saber que você não vai conseguir te digo pra tentar, pois isso é SEU e te faz melhor que eu, jovem leonino.
    Rei das Cidades

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  10. Na tentativa insípida de mudar o mundo,
    mudo mais a mim.
    E por menor que eu seja
    entre os mais de 6 bilhoões de grãos de areia.
    Já estou mudando o mundo assim,
    começando pelo mundo que há em mim.


    É hora da revisão:
    A figura do rei a que me refiro estaria mais para o monarca absolutista: esse mandava até demais!

    O rei que não manda em nada seria o da monarquia parlamentarista. Cujo o poder está representado nas figuras do 1º ministro e dos parlamentares.

    Abraços históricos.

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  11. Não queira ser de si mesmo rei,
    a coroa não te cai assim tão bem.

    Não encha sua boca de verdades,
    a vaidade logo te fará refém.

    Também não seja aquele que ocupa o trono...
    não seja dono,
    nem de si, nem de ninguém!

    Aprenda a ser o rei da poesia,
    aquele que de tudo faz folia,
    que sonha acordado,
    que a vida alumia.

    E não se prenda mais às palavras,
    não as torne tão frias.

    Seja o verbo que amortece
    pra que a rima seja guia!

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  12. Ju, minha floooor,

    não te impressiones pelas palavras e argumentos desta discussão.

    Eu e Ivan somos grandes e velhos amigos e nossas conversas sempre tendem a momentos do tipo "há quero ver vc derrubar esse argumento" pelo puro e simples prazer da discussão no sentido de troca de idéias.

    Minhas verdades estão longe de serem absolutas, visto que muitas vezes só me servem (na maioria das vezes) como Ivan explicou bem.

    Vaidade? talvz na escolha de uma ou outra roupa mais transada, não pretendo ser melhor que ngm senão que eu.

    Pretendo ser rei apenas de mim. Sem manto, sem coroa, apenas a sensação de que decido o que fazer da minha vida, pelo menos em alguns momentos. Ivan me convenceu de que isso é impossível, mas um pouco mais de terreno na minha própria vida a cada dia já me basta


    No mais, Um bjo

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  13. Ao menos, somos reis do nosso blog! Reis das nossas próprias teorias...

    Bjo!

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  14. que nada! nesse blog neguinho chega, me esculhamba e fala o que quer!!!

    aqui é que eu não mando mesmo!

    hahahahahahahahahahahah

    bjos

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  15. Pra que a rima seja guia,
    Vou riscar o meu cordel.
    Transbordando de alegria,
    Que nem virgem no motel.
    Proveitando a discussão
    Pra tirar pro cabeção
    Minha corôa e meu chapéu

    Já tentei oiá pro céu
    Mas num acho o que queria
    Já até me formei dotô
    Mas num foi da poesia
    Essa bicha é milindrosa
    Muito mais que égua fogosa
    Tem que istudá noite e dia

    Sou traste de mãe e tia
    E não sei fazê repente
    Erro sempre nas medida
    Mas tento ser persistente
    Se me farta inspiração
    Acho então lá no porão
    Velho trago de aguardente

    Mas procês ficá contente
    Eu já vou me arretirá
    Cuns versin bem humilde
    Pra eu também num apanhá
    Reverência pro reinado
    Pro bôbo que é engraçado
    e pra plebe que chegá

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  16. estava até com uma ideia para escrever aqui..aí fui lendo e da prosa fui gostando, tanto que esqueci...

    vou voltar e ler de novo
    pra ver se eu acho no caminho a ideia que perdi...

    abraçooosssssss

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  17. ah..acho que era assim...
    o sentido da prosa em si..era apenas prosear!

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  18. só pra registrar...meu mundo vem passando por constantes mudanças desde que conheci esse king of the matafkaca world!

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  19. Felipeta, vc some na discussão mas falou a verdade. Gostaria de tê-lo visto mais participante, menos observador(pra variar).

    Abração.

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  20. Eu num sei fazê repente
    improviso de repente
    por isso peço clemência
    pros qui vié observá

    Ivanildo trocatapa
    Sapolino Beira mar
    tanto nome e apelido
    pra um só cabra chamá

    Dôtorado nóis que tamo
    ainda somo uns fulano
    nesse mundo tão mundano
    precisamo se firmá.

    Teu chapéu foi retirado
    aceito de coração
    mas tu podia ter tido
    um pouco mais de arrumação
    pra podê usá as palavra
    cum poco mais de cautela:
    me chamô de cabeção!

    Tú de bobo num tem nada
    cum essa rima arretada
    me deixô foi orgulhoso
    cum a danada da canção.

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  21. Cum a danada da canção
    Fiz uma rima mixuruca
    Te chamei de cabeção
    Mar não de fiu da puta
    Me disculpe essa ousadia
    Nem sabia se pudia
    Exibir a minha astúcia

    Eu já tô desanimado
    quero outra discussão
    pode ser de quarquer coisa
    E.T., diabo e dragão
    Em septilha te respondo
    Pra fazê algum estrondo
    Vou tocar outra canção

    A mamona me matô
    a maior desilusão
    Pior foi perder jumento
    Que era de estimação
    Eu posso tá fudido
    Cheio de tanto apelido
    "O mais bonito é Cabeção"

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  22. Num seja por isso meu amigo
    num se apperrei meu irmão
    é no toque de 4 já vai
    que eu vou voltar pra discussão!

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  23. Ju,

    "Aprenda a ser o rei da poesia,
    aquele que de tudo faz folia,
    que sonha acordado,
    que a vida alumia."

    isso aqui não seria mais próximo do bobo da corte?

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  24. Ju, poder até pode, mas com certeza eu não gostaria de ser um.

    É importante frisar que já misturamos o conceito real de rei, que acredito estarmos discutindo agora, com o "rei de si" que já acabou ficando para trás.

    Com certeza na história já houve reis bobos da corte, mas com certeza os outros são mais notórios e mais dignos da palavra.

    É como a palavra Padre: imediatamente me vem a imagem de um respeitoso senhor, e não a de um pedófilo safadinho.

    Bjo

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