Sentado na soleira,
com seu olhar distante,
a vida passou por você
Com seu jeito bruto e endurecido,
você foi vencido.
Não conseguiu afastar aqueles que te amam
e que até os últimos minutos te velaram,
te cuidaram
Quem não se lembra do caso das melancias,
o da galinha, ahhh e que cuidado com essas galinhas.
Quem quisesse que mexesse numa pena sequer sem perguntar!
aiai... ah, não vamos esquecer dos porcos, dos cães...
e tantas outras histórias que só um livro pra contar.
Ié, Ié... já se foi Seu Ié?
Sua jangada atravessou o mar,
não vai ter mais roda, nem festa,
nem canto, nem reza
sem seu Ié mandar.
Feito João Galafuz
Morando depois do mar
Deixou pra trás a cruz
da saudade pra quem ficar
Que voe,
e que tenha paz onde se encontrar
E que olhe pelos teus filhos
E pelos filhos desses
Também há de olhar
Sertanejo, homem de porte
Na memória há de ficar
E no coração daqueles...
Que mesmo sob sua brabeza forte
Souberam, quiseram e aprenderam a lhe amar
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