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Duas cabeças, um mundo |
Meu querido amigo
Me permita uma errata
A sua antepenúltima publicação
Errata errada
pois não vem corrigir nada
apenas acrescentar as pobres palavras
daquela interlocução
Visto que amizade,
se traduzida em poucas palavras
é muita humildade
se comparada às coisas fantásticas
que acontecem em mente e coração
Tal como obra inacabada todo dia se ergue novo alicerce nesta relação
E que não haja pedra
nem polida nem lascada
para ser atirada com a força orgulhosa da mão
Diante de tanta rima e tanta prosa ainda assim não se extrai a essência dessa relação.
Amigo, é muito mais que isso
É malungo, é matafacka, é apelido, é compreensão, é cúmplice e parceiro.
E se entendo o gesto e o olhar não vá se surpreender
caso eu saiba exatamente o que se passa dentro de você
É pai sem cobrança,
é mãe sem cordão,
é irmão na esperança em olhar pra vida, rezando para que o furacão das responsabilidades não nos engula,
não nos deixe ranzinzas.
Dois autos!!!
É não ter laço de sangue,
Mas de alma
que quando se encontra,
se alegra, se acalma,
se farta e se entala,
olhando para o outro,
se olhando num espelho retorcido
Quem sou eu? eu ou amigo?
E porque haveria eu
de temer essa interessante fusão?
Se das diferenças surgem possibilidades
de acrescentar na tua essência,
a experiência de outro irmão.
Irmão?
Sim, sim... é irmão!